Meu pai me ensinou a velejar em 2009. Compramos um pequeno veleiro da classe Day Sailer e deixamos na Lagoa de Araruama. É difícil descrever a alegria que sentíamos sempre que pegávamos a estrada para ir velejar. Não a toa o batizamos de Pinto no Lixo.

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Três anos depois, decidimos fazer upgrade para um Pomar 18. Como a grana era curta, chamei dois amigos para ajudar a comprar e manter o barco. O veleiro ficava apoitado na Enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro. Da janela do escritório onde trabalhava, eu podia "namorá-lo" sempre que ia pegar um café. Eu queria estar lá, mas estava cá.

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Em 2017, realizei o sonho de morar a bordo, em Paraty. As pessoas me viam como um exótico, um "bicho grilo". Era engraçado explicar pra elas que eu fazia tudo o que uma "pessoa normal" faz morando em uma cidade grande. A diferença está no valor que você passa a dar às coisas simples. 

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Hoje em dia não moro mais a bordo, mas minhas experiências na vela foram tão marcantes, que quero proporcioná-las a mais gente. Nossos veleiros são seus, sinta-se em casa.